Economistas analisam melhores desempenhos das seguradoras

Considerado termômetro para o mercado de seguros do Brasil, o Prêmio Segurador Brasil 2017 acontece na próxima quinta-feira, 30, em São Paulo. Desta vez, com a análise da equipe de economistas da Silcon Estudos Econômicos, com base no Rio de Janeiro, e responsável pela prestação de serviços na área de estudos e planejamento econômico-financeiro, estratégico e tático-operacional de empresas de diversos setores.

O Prêmio Segurador Brasil em sua 14ª Edição continua com o propósito de classificar as empresas do segmento de seguros nas Categorias “Melhor Desempenho” (conglomerados de médio e grande porte, respectivamente com faturamento abaixo e acima de R$ 2,5 bilhões), “Liderança de Mercado” e “Maior Crescimento de Vendas”.  Os estudos, num comparativo entre os períodos de 2015 e 2016, foram encaminhados aos presidentes e principais dirigentes das seguradoras das empresas classificadas, reforçando o sinônimo de credibilidade e transparência da premiação.

Na 14ª Edição da premiação, com a elaboração das análises e estudos sob a responsabilidade da Silcon Estudos Econômicos, o Prêmio Segurador Brasil adotou uma metodologia diferente dos anos anteriores para seleção das melhores empresas do mercado em mais de 30 ramos de atividades, além dos resultados constituídos por Seguros globais, Capitalização, Previdência Privada e Resseguros.

“Os avanços e a rápida modernização do setor convergindo para o mercado internacional exigem critérios mais severos, capazes de identificar os destaques do mercado: as empresas que se sobressaem pela qualidade da gestão e estratégia, que se refletem nos seus resultados. Por principio, foram eliminadas da análise as empresas que apresentaram regime de run off, aquelas que iniciaram seus negócios em 2016 ou apresentaram atividade eventual”, informa o economista Claudio Contador, Ph.D, responsável pela Silcon Estudos Econômicos. Ele acrescenta: “O aspecto importante é que a análise estatística utilizou os dados completos do ano de 2016, o que permitiu uma comparação mais acurada e atualizada dos avanços e mudanças no mercado”.

Toda a análise que norteou a seleção das empresas - e que indicou as empresas como vencedoras - foi fundamentada nas estatísticas disponíveis no site da Susep (SES), em 8 de fevereiro de 2017, de acesso público.

A metodologia adotou diversos critérios, que expressam diferentes aspectos dos resultados das empresas. A análise/melhor desempenho se baseou em três indicadores parciais,  refletindo as mudanças no dinamismo, no posicionamento no mercado e na qualidade da gestão do risco:  dinamismo medido pelo crescimento dos prêmios de 2016 em relação a 2015, comparado com o crescimento médio do mercadoposicionamento no mercado, pela mudança do market share da seguradora no ramo;  gestão de risco do seguro, medido pela variação da sinistralidade, em relação à média do ramo examinado.

Em Capitalização foi utilizado também o indicador pagamento de sorteios e resgates, medido pela variação da taxa de sorteio em relação à média do grupo. Em Previdência Privada, entre outros, a gestão dos pagamentos de previdência medidos pela variação dos pagamentos de aposentadoria e resgates, em relação à média do grupo de empresas. Em Resseguros, a análise levou em conta o Patrimônio Líquido acima e abaixo de R$ 500 milhões, com resultados no período até novembro no ano passado.

 

FONTE: http://www.segs.com.br/seguros/57727-economistas-analisam-melhores-desempenhos-das-seguradoras.html

Mulheres já ocupam 56% dos cargos no mercado de seguros

Evento aborda a desigualdade entre os gêneros no setor de seguros

A sócia-diretora da Cyclos Consultoria, Rosana Nerci Pinheiro Sá, prestigiou Maria Helena Monteiro na palestra em São Paulo. | Foto: Tatiana FreirePalestra "Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil". | Foto: Fernanda OliveiraA diretora de Ensino Técnico, Maria Helena Monteiro. | Foto: Fernanda OliveiraFoto: Fernanda OliveiraFoto: Fernanda OliveiraA palestra aconteceu no dia 21 em São Paulo (SP). | Foto: Tatiana FreireA sócia-diretora da Cyclos Consultoria, Rosana Nerci Pinheiro Sá, prestigiou Maria Helena Monteiro na palestra em São Paulo. | Foto: Tatiana FreirePalestra "Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil". | Foto: Fernanda Oliveira
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Atualmente, 56% dos cargos no setor de seguros são ocupados por mulheres. “Esse é um ótimo mercado para as mulheres, pois elas conseguem manter relacionamentos mais duradouros com os clientes do que os homens, o que é muito importante nesse segmento”, afirmou a diretora de Ensino Técnico da Escola Nacional de Seguros, Maria Helena Monteiro, durante a palestra “Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil”, realizada no dia 20 de março, no Rio de Janeiro (RJ). O encontro contou com a presença de 67 participantes.

Ministrado em diversas cidades do País ao longo do mês de março, o evento apresenta os resultados da segunda edição do estudo "Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil", idealizado por Maria Helena em parceria com o consultor Francisco Galiza.

Na edição carioca do encontro, Maria Helena contou que a ideia para elaboração do estudo surgiu após a constatação de que a presença feminina a partir do nível gerencial era pequena. “Começamos a trabalhar essa questão porque notamos algo bastante curioso no mercado: quase não havia mulheres nos cargos de chefia”, contou.

A executiva apresentou dados estatísticos do Brasil e do mundo, demonstrando que a desigualdade de gêneros não é uma particularidade do Brasil. Em âmbito mundial, as mulheres ganham entre 60% e 75% dos salários dos homens, enquanto que, no Brasil, elas recebem 74% dos ganhos masculinos. Já no mercado de seguros o salário das mulheres corresponde a 72% do que eles recebem.

Apesar de serem maioria no setor, as mulheres ainda têm salários menores, recebem menos ofertas de treinamentos e as oportunidades para alcançar cargos executivos e de gerência são escassas. A pesquisa também revelou uma grande contradição: mesmo tendo maior escolaridade do que os homens, as mulheres não conseguem chegar aos postos mais altos.

Apesar das discrepâncias entre cargos e salários, Maria Helena apresentou uma perspectiva positiva. “Os dados não são muito encorajadores, mas o mercado de seguros é próspero para as mulheres. Vamos continuar trabalhando pela igualdade e pelo seguro”.

A diretora também ministrou a palestra em São Paulo (SP), no dia 21 de março para 71 participantes. Durante a semana, aconteceram, ainda, eventos em Belém (PA) e Palmas (TO). O time de palestrantes conta, ainda, com a sócia-diretora da Cyclos Consultoria, Rosana Nerci Pinheiro Sá, e a psicóloga e psicodramatista, Andresa Pugliesi.

Edição on-line

Quem não puder comparecer aos eventos presenciais terá a oportunidade de assistir à palestra pela internet, no dia 7 de abril, às 16h. O webinar é gratuito e será conduzido por Maria Helena Monteiro.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas no www.funenseg.org.br/webinar, onde mais informações estão disponíveis.

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Segs.com.br valoriza o consumidor e o corretor de seguros

FONTE: http://www.segs.com.br/seguros/57821-mulheres-ja-ocupam-56-dos-cargos-no-mercado-de-seguros.html

Demanda aumenta entre os mais jovens

Alvo de protestos e de greves no último dia 15, a proposta de reforma da previdência aumentou a preocupação dos brasileiros com a aposentaria. Mas a PEC não é considerada fator determinante para o aumento de contratações dos planos privados e nem tem estimulado a criação de novos produtos para o público com menor renda.
Embora muitas instituições ofereçam alternativas com contribuições mensais baixas, na maioria delas o perfil dominante dos investidores ainda é de pessoas que podem aplicar
mensalmente acima de R$ 300. "O ano passado foi muito bom mas é difícil falar que foi por causa da proposta de reforma da previdência.
A indústria vem crescendo nos últimos cinco anos principalmente pela mudança demográfica do país", avalia Paulo Valle, presidente da Brasilprev, que viu seu volume de ativos dobrar nos últimos três anos, chegando a R$ 200 bilhões este ano. A instituição oferece planos a partir de R$ 60, mas a demanda maior está nos planos com tíquete de R$ 400. "Temos preocupação em popularizar os planos e para isso temos investido em difundir a cultura previdenciária", explica.
Com foco em cooperativas de médicos e contribuintes com tíquete médio de R$ 1.000, a
Seguros Unimed também tem produtos mais baratos, a partir de R$ 60. "Já é um valor bem acessível. Mas não podemos ter ilusão. Se investir muito menos que isso, o benefício será muito pequeno no futuro", diz Silas Devai Junior Superintendente de estratégia comercial vida, previdência e patrimoniais.
A Caixa Seguradora, que tem produtos de previdência com tíquete médio de R$ 300, registrou no ano passado crescimento de vendas de 49% sobre 2015, alcançando R$ 4,5 bilhões. Segundo Rosana Techima, diretora de previdência da instituição, a maior procura dos investidores foi estimulada pelo cenário de juros altos. "Além disso, vemos que o perfil dos investidores está mudando. Há quatro anos, a média dos que contratavam novos planos girava em torno de 55 anos, hoje está entre 35 e 40 anos", diz ela. Segundo Techima, desde 2012 o banco oferece planos a partir de R$ 35 com isenção de taxa de carregamento. Para atrair mais esses poupadores, ela diz que o banco vai investir em linguagem mais acessível na hora de vender os planos.
Também a SulAmérica oferece planos acessíveis a partir de R$ 50, embora seu tíquete médio seja dez vezes maior que isso. "A maior mudança que notamos desde a divulgação da PEC é que há mais clientes mais jovens procurando planos de previdência", afirma Marcelo Mello, vicepresidente de investimentos, vida e previdência.

Para Alfredo Lalia, diretor presidente da Zurich Santander, previdência privada é tradicionalmente um produto de tíquete alto e com baixa penetração no segmento massificado. "Já temos produtos a partir de R$ 50.
Mas a não ser que tenha alguma surpresa na reforma, não vejo produtos muito diferentes surgindo", afirma.
Especialista em previdência, a professora do Instituto de Economia da UFRJ, Denise Gentil diz que não é a mudança de linguagem ou o aumento de divulgação que fará as pessoas com menor renda contratar planos de previdência privada. "Quem não tem renda não fará plano privado. Em 2015, quase 80% dos aposentados por idade havia contribuído com menos do que os 25 anos exigidos pela reforma. As pessoas não conseguem contribuir por tanto tempo e, portanto, não se aposentarão. Se não conseguem contribuir para o fundo público, não o farão para um fundo privado", diz a especialista.
Segundo ela, reformas de previdência semelhantes foram implantadas sem sucesso em outros países como Portugal, Grécia, Espanha, Chile, Argentina.
"Esses países voltaram atrás porque a pobreza e violência aumentaram demais. O FMI, a OCDE e o Banco Mundial publicaram vários artigos desde 2012 desaconselhando a fazer reformas de previdência que sejam destituidoras de direitos porque não funciona", pontua ela.
Já o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Edson Franco, diz que quando se compara o valor médio da renda brasileiro na ativa com o valor médio da aposentadoria pública percebese a relação é de quase 100%. "Sem entrar no mérito se o valor em si é alto ou baixo, percebese que esse modelo não é sustentável no longo
prazo", opina ele. Ele diz que não foi a discussão da reforma que gerou impacto na procura de planos privados. "Esse é um segmento ainda jovem no país e que vem apresentando expansão nos últimos anos. O que notamos de mudança de 2015 para 2016 foi o aumento da participação dos planos individuais", diz ele. Com a recessão no ano passado e o aumento do
desemprego, essa modalidade puxou o crescimento do setor com contribuições e prêmios que chegaram a R$ 98,03 bilhões, com aumento de 15,77% em relação a 2015.
Por esse motivo, as instituições tem se concentrado mais em atender tanto os investidores individuais quanto o de PMEs. "Nossa atuação com pessoa física é focada em média e alta renda. Em 2017, nosso objetivo é ampliar nossa presença no segmento de pequenas e médias empresas", diz Raphael de Carvalho, presidente da MetLife no Brasil.

 

FONTE: http://www.valor.com.br/financas/4906654/demanda-aumenta-entre-os-mais-jovens

Apple lança iPhone 7 e iPhone 7 Plus na cor vermelha

São Paulo – A Apple apresentou hoje uma nova cor para o iPhone 7 e o iPhone 7 Plus. Agora, os consumidores poderão comprar um smartphone da marca na cor vermelha. O lançamento é uma parceria entre a Apple e a RED, uma instituição de combate ao HIV/Aids.

“A introdução desta edição especial do iPhone em um lindo acabamento vermelho é a nossa maior oferta (PRODUCT) RED já feita desde o início da nossa parceria com a RED. Mal podemos esperar para colocá-lo nas mãos dos clientes”, disse Tim Cook, CEO da Apple, na apresentação do produto, segundo o site The Verge.

A parceria da Apple com a RED começou em 2006, quando o iPod Nano ganhou a cor vermelha. Desde então, a marca tem fabricado edições limitadas de vários produtos nessa cor.

Como acontece com todos os produtos anteriores da colaboração entre a Apple e a RED, uma parte de cada venda do iPhone 7 ou do iPhone 7 Plus vai diretamente para o Fundo Global. A organização sem fins lucrativos ajuda a combater a Aids/HIV em diversos países da África subsaariana. Até agora, a Apple doou 130 milhões de dólares à causa.

A Apple informa em seu site que pedidos da edição limitada serão aceitos a partir do dia 24 de março, às 12:01, no Brasil. O iPhone 7 na cor vermelha irá custar a partir de 3.899 reais e a sua versão maior sairá a partir de 4.499 reais – os preços variam de acordo com o armazenamento interno escolhido pelo usuário.

FONTE: http://exame.abril.com.br/tecnologia/apple-lanca-iphone-7-e-iphone-7-plus-na-cor-vermelha/

Entenda o que a lei da terceirização vai mudar na sua vida

A lei da terceirização aprovada nesta quarta-feira (22) pela Câmara dos Deputados muda a forma como se trata a contratação de trabalhadores por empresas terceirizadas. O projeto de lei flexibiliza a terceirização — quando uma empresa contrata trabalhadores por intermédio de uma terceira companhia — e regulamenta a prestação de serviços temporários. O texto-base foi aprovado por 231 votos favoráveis e 188 contrários. Agora, seguirá para sanção presidencial.

Confira a seguir perguntas e respostas para entender o que muda na terceirização.

O que é o projeto de lei de terceirização aprovado?
A proposta flexibiliza a terceirização e regulamenta a prestação de serviços temporários. Ela amplia a possibilidade de oferta desses serviços tanto para atividades-meio (que incluem funções como limpeza, vigilância, manutenção e contabilidade), quanto para atividades-fim (que inclui as atividades essenciais e específicas para o ramo de exploração de uma determinada empresa). Hoje, a terceirização só é permitida para atividades-meio.

O que a lei permite?
A lei permite que todas as atividades que podem ser terceirizadas dentro de uma empresa, incluindo as atividades consideradas essenciais. Com isso, abre a possibilidade irrestrita para a contratação de terceirizados. Numa escola, por exemplo, os professores poderão ser contratados de forma terceirizada. Em um hospital, médicos e enfermeiros também poderão ser terceirizados. Até agora, as contratações eram limitadas a atividades como limpeza e segurança, que são consideradas atividades-meio.

O que a lei não permite?
A lei não altera direitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias, décimo terceiro salário e hora extra. Além disso, o projeto de lei aprovado também impede que seja firmado um contrato de terceirização nos casos de existência de vínculo empregatício.

O que muda para o trabalho temporário?
Hoje, o trabalho temporário é permitido para períodos de até três meses. O projeto de lei aprovado amplia esse prazo para seis meses, prorrogáveis por mais 90 dias. Isso significa que os contratos terão prazo máximo de nove meses.

De quem é a responsabilidade sobre os direitos trabalhistas?
O projeto aprovado cria a responsabilidade subsidiária. No caso de não pagamento dos direitos trabalhistas, o trabalhador aciona na Justiça primeiro a empresa prestadora de serviço. Só se ela não comparecer é que o trabalhador pode acionar a companhia contratante. Um segundo projeto, atualmente no Senado, prevê a responsabilidade solidária, ou seja, compartilhada entre as prestadoras de serviços e as contratantes. Neste caso, cabe ao trabalhador escolher a quem acionar judicialmente.

O que acontece se a empresa terceirizada vai à falência?
No âmbito da responsabilidade subsidiária, o trabalhador que não recebeu seus direitos e vai à Justiça aciona primeiro a prestadora e no processo, já cita a contratante. Se a primeira empresa não pagar ou falir, a contratante tem que pagar.

A ampliação das atividades que podem ser terceirizadas vai trazer precariedade para o mercado de trabalho?
Especialistas estão divididos sobre o assunto. Alguns argumentam que a dicotomia entre atividade-fim e atividade-meio não se sustenta e que não há clareza sobre como classificar as atividades. Outros reconhecem o papel da terceirização, mas destacam que há riscos de que as relações entre empregados e empregadores fiquem mais frouxas e o trabalhador não tenha ganhos.

A aprovação da terceirização vai ajudar a criar empregos?
Antes da aprovação do projeto, no início da semana, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a lei seria positiva para o país na expansão de empregos. Para ele, as empresas têm resistido a contratar por causa da rigidez das leis trabalhistas. “Acredito que ajuda muito porque facilita a contratação da mão de obra temporária. Facilita a expansão dos 

empregos. Hoje muitas vezes a empresa resiste à hipótese de aumentar o emprego justamente por alguns aspectos de rigidez das leis trabalhistas. É importante para fazer com que funções temporárias ou em caráter não permanentes sejam viabilizadas”, disse o ministro. Há quem acredite, no entanto, que a permissão irrestrita para a terceirização não vai mudar o ânimo do mercado.

Podem ocorrer novas mudanças na legislação trabalhista?
Sim. Há um segundo projeto que trata de terceirização no Congresso, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2014, e estabelece mais regras. Há negociações para que este segundo texto também siga adiante. A ideia do governo é juntar as duas propostas para regulamentar o processo de terceirização, numa espécie de mix.

Este texto prevê a obrigatoriedade para que empresas contratantes retenham na fonte impostos e contribuições de todos os profissionais prestadores de serviço. A legislação atual determina a retenção na fonte somente nos contratos de cessão de mão de obra, como atividades de cessão de mão obra, como atividades de vigilância, limpeza e informática. Aprovado pelo Senado, o texto também seguirá para sanção.

FONTE: http://epocanegocios.globo.com/Economia/noticia/2017/03/entenda-o-que-lei-da-terceirizacao-vai-mudar-na-sua-vida.html

Enquanto as grandes lamentam, startups ganham no setor de imóveis

São Paulo — Os números do mercado imobiliário são de chorar. Somente no ano passado quase 650 construtoras e incorporadoras entraram em recuperação judicial. O crédito secou, e as linhas disponíveis custam caro. Muita gente que comprou casa ou apartamento na planta nos bons tempos decidiu devolver o imóvel às incorporadoras — ou porque não vai conseguir pagar ou porque encontra opções mais baratas no mercado hoje, depois da queda dos preços.

Os otimistas de plantão costumam dizer que é na crise que surgem as oportunidades. Parece um blá-blá-blá sem nexo quando se olha um cenário tão desolador — mas, no caso do mercado imobiliário, isso aconteceu mesmo. Enquanto as maiores empresas do setor lamentam, startups criadas nos últimos cinco anos estão ganhando dinheiro com negócios que surgiram, ou cresceram, justamente por causa da situação ruim do setor.

Um exemplo é o site de vendas Realton, em que são anunciados apenas os imóveis encalhados das incorporadoras (estima-se que existam em torno de 120.000 imóveis nessas condições). Quando os estoques começaram a aumentar, em 2012, o paulistano Rogério Santos, que trabalhava na área de marketing da incorporadora Tecnisa, decidiu criar o site. “Avaliamos os imóveis e o mercado e colocamos um desconto para conseguir vender”, diz. A Realton cobra uma comissão que varia de 4% a 8% do valor da venda.

Em 2016, obteve um faturamento estimado em 20 milhões de reais. Outro profissional do mercado imobiliário que decidiu mudar por causa da crise no setor é Saulo Suassuna, herdeiro da incorporadora Suassuna Fernandes, fundada em 1977 em Recife. Em 2015, depois de fazer um curso sobre cidades inteligentes no Massachusetts Institute of Technology (MIT), ele criou um mecanismo que permite construir prédios cujos apartamentos são divididos em módulos independentes.

Assim, é possível comprar uma unidade menor e acrescentar módulos com o tempo — ou diminuir o tamanho se o dinheiro encurtar. O primeiro prédio com esse sistema está sendo construído em Recife — segundo Suassuna, 90% dos apartamentos foram vendidos. Ele patenteou a ideia e montou uma startup que licencia esse sistema de construção, a Molegolar. Hoje, tem parcerias com 31 incorporadoras, entre elas a Brookfield e a Rossi. “As pessoas estavam desistindo de comprar porque queriam um apartamento maior e não tinham dinheiro. Também existe a demanda de quem quer flexibilidade e pode precisar de um imóvel de tamanho diferente no futuro”, diz Suassuna.

Enquanto alguns empreendedores se planejaram para tentar ganhar dinheiro com a crise, outros estavam no lugar certo na hora certa. É o caso dos fundadores do site Quinto Andar, que reúne anúncios de aluguel de imóveis em oito cidades no estado de São Paulo. Todo o processo de locação é feito online: não é preciso ir ao cartório para fazer o registro do contrato, por exemplo.

A startup foi fundada em 2013, mas o maior crescimento aconteceu no ano passado, segundo os fundadores, André Penha e Gabriel Braga, que se conheceram num MBA na Universidade Stanford (eles não informam o faturamento). “Criamos a empresa para simplificar a locação, um serviço burocrático no Brasil. Mas o momento ajudou, porque, sem dinheiro, mais pessoas passaram a alugar em vez de comprar”, diz Braga.

Em 2015, a Quinto Andar recebeu a primeira rodada de investimentos, de 7 milhões de dólares, liderada pelo fundo argentino Kaszek Ventures. No fim do ano passado, recebeu mais 13 milhões de dólares de um consórcio. Recentemente, a empresa buscou parcerias com incorporadoras que decidiram alugar em vez de vender o que constroem. A primeira delas foi fechada com a Vitacon, de São Paulo.

De olho no sucesso alheio, outros empreendedores estão criando produtos e serviços voltados para o mercado imobiliário. A 3W, de Brasília, está desenvolvendo um software de realidade virtual para permitir que os interessados em comprar um imóvel novo possam “visitar” uma unidade decorada apenas colocando os óculos que projetam as imagens. Se a ideia pegar, as incorporadoras poderão montar pequenos estandes de vendas, mais baratos, em diferentes lugares, como shoppings.

A Urban 3D, de São Paulo, está testando uma tecnologia de construção de imóveis pré-fabricados com o uso de impressoras 3D. Para quem precisa de crédito, a Urbe.me, de Porto Alegre, levanta recursos para financiar parte da construção de imóveis por meio de crowdfunding: o dinheiro é captado de forma pulverizada com centenas de pequenos investidores, que podem aplicar a partir de 1 000 reais nos projetos.

O rendimento depende do lucro gerado pelo empreendimento — na primeira construção, um prédio residencial em Porto Alegre, o retorno foi de 21% ao ano, segundo os donos da Urbe.me. Nada mau para um mercado em crise.

Risco iminente

O alerta vem de todas as partes. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), a escassez de água afeta mais de 1,2 bilhão de pessoas no mundo e reverter o quadro é chave no combate à pobreza. Há volume suficiente para atender às necessidades, mas isso requer alteração drástica na forma como o recurso fornecido pela natureza é usado, administrado e destinado. Tarefa nada fácil, a contar pelas projeções dos cientistas: se nada mudar, o planeta enfrentará déficit hídrico de 40% até 2030, resultante do aquecimento global e do crescimento da população e da economia.
Na indústria, a demanda deve crescer 400% em três décadas, e assim, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, as crises de oferta consistirão nas maiores ameaças aos negócios, já percebidas hoje como fator mais impactante do que os desastres naturais.
Diante dos riscos, a gestão da água toma maior espaço na agenda das corporações e desperta as estratégias para lidar com os efeitos, já em curso e os futuros, das mudanças climáticas. Se antes as empresas restringiam a questão à área operacional, vendo o recurso hídrico como um insumo igual aos outros para fazer a fábrica funcionar, hoje já ampliam o olhar para fora dos muros. "Começam a centrar esforços na bacia hidrográfica em que estão situadas, dando escala a ações para a matériaprima não faltar", diz Annelise Vendramini, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces), da Fundação Getulio Vargas (FGV), que desenvolve métodos para análise de riscos e oportunidades na gestão da água junto a empresas.
Agropecuária, mineração, indústria, geração de energia e abastecimento público são os mais vulneráveis, segundo ela. Dois fatores preocupam: "Os custos associados à cobrança pelo uso dos rios em áreas de maior escassez, que tendem a crescer em função da maior demanda, e a redução das licenças para captação, resultante da menor disponibilidade hídrica por conta da
erosão e outros impactos ambientais".
Em dez anos, o número de outorgas concedidas pela Agência Nacional de Águas quase triplicou. Mas somente 46, entre as centenas de bacias hidrográficas estaduais e interestaduais, têm sistemas de cobrança, totalizando R$ 294 milhões em 2015, além de R$ 185 milhões pagos
exclusivamente pelo setor hidrelétrico.
Em Botucatu (SP), a unidade da Duratex intensiva em recurso hídrico para fabricar chapas de fibra de madeira ainda não é cobrada pelo uso do rio Pardo, mas já se prepara para cenários futuros aumentando o reúso da água. E até 2025 pretende cortar pela metade o consumo por hectare na irrigação dos plantios de eucalipto que abastecem as linhas de
produção.
"Não basta maior eficiência no uso, mas ter a bacia hidrográfica saudável", afirma Mário Pino, gerente de desenvolvimento sustentável da Braskem, que investiu R$ 280 milhões em tecnologias de reúso e redução do consumo hídrico, diminuindo em 41% os efluentes líquidos um marco na indústria química. A empresa integra um movimento do Pacto Global da ONU para a redução de perdas na distribuição de água antes de chegar às fábricas e residências, por meio de monitoramento de vazamentos e instalação de tubulações novas o que também traz oportunidade de negócio para a fabricante de resinas plásticas, matéria prima dos encanamentos.
Para evitar conflitos e pressão sobre os mananciais, o objetivo é, até 2035, aumentar em 20% a capacidade de oferta hídrica da Bacia Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que abastece 74 municípios incluindo parte da Região Metropolitana de São Paulo. Para Pino, "sem o apoio empresarial, os governos não irão muito longe nas soluções contra a escassez".
De acordo com o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, será por meio dos recursos hídricos que as empresas mais sentirão os efeitos do aquecimento global. Os sinais já são percebidos. Pesquisa do Carbon Disclosure Program (CDP), organização global que reúne 643 investidores institucionais com ativos de US$ 67 trilhões no total, constatou que grande parte das centenas de companhias consultadas em 2016 está ciente dos riscos relacionados à água e dos impactos que poderão atingir a receita e gerar mudanças substantivas nos negócios. Mas quase metade não faz a gestão ou monitora de forma abrangente o consumo.
Desta forma, os riscos hídricos estão se materializando nos negócios, somando no ano passado prejuízo de US$ 14 bilhões, conforme dados reportados pelas empresas. No Brasil, de acordo com o relatório, a multinacional de automóveis General Motors pagou pela água US$ 2,1
milhões a mais, em 2015, devido à seca, além dos custos de energia elétrica, que subiram US$ 5,9 milhões.
"A percepção dos impactos aumenta, mas faltam ações concretas e abrangentes nas cadeias", aponta Juliana Lopes, diretora do CDP para a América Latina, com uma constatação: "Existe a cultura de medir o consumo de água, mas não os riscos".
Apesar das perdas, 73% das empresas olham para o recurso hídrico, se bem gerido, como oportunidade de mercado. De acordo com o estudo, 24% das atividades de redução de carbono relatadas pelas companhias dependem da disponibilidade de água.
A agenda do carbono predomina no debate ambiental. Mas, para cientistas, o paradigma está mudando: diante do quadro de escassez, "a gestão de florestas tende a se voltar mais para a questão da água do que para a do carbono", destaca Aurelio Padovezi, gerente de florestas do WRI Brasil, citando artigo científico sobre o tema, publicado neste ano pela Global Environmental Change. Para ele, a atribuição de preço permite que o recurso hídrico seja melhor administrado e integrado aos negócios. "Já não é um problema de longo, mas de curtíssimo prazo".
O Banco Mundial contabiliza globalmente perdas anuais equivalentes a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) por conta do estresse hídrico. A crise de abastecimento de 2014 na região mais populosa e desenvolvida do país acendeu o sinal vermelho agora
acionado de novo por conta da seca que castiga Brasília, sede do 8º Fórum Mundial de Água, em 2018.
"Se os vinhos da Califórnia deverão melhorar e os da França piorar devido às mudanças na colheita resultantes do clima modificado, o certo é que a situação é complexa e já atinge a todos, exigindo das empresas um olhar estratégico para os nexos entre água, redução de carbono e energia", analisa Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o
Desenvolvimento Sustentável (Cebds).
O setor financeiro começa a incorporar o risco. "Créditos liberados para operações intensivas em água poderão fracassar", diz. As restrições darão abertura a oportunidades de mercado com novas tecnologias, como é o caso
de 14 soluções mapeadas para a maior eficiência, com potencial de economizar 14% do recurso hídrico retirados pela indústria e 3% da usada pela agricultura. "A água está no centro do desenvolvimento sustentável e o alvo agora é trabalhar suas conexões com temas como clima, energia, alimento, gênero, inovação, biodiversidade e vários outros", afirma Grossi.

 

FONTE: http://www.valor.com.br/brasil/4908680/risco-iminente

Volatilidade do mercado cresce com receio fiscal

A preocupação com ruídos políticos e o rumo das reformas no Brasil tomou uma nova dimensão e elevou de forma mais clara o nível do prêmio de risco exigido pelos investidores para aplicar em ativos domésticos. Por ora, a correção de preços está longe de indicar fuga de investidores ou aposta negativa no país. Mas mostra que a convicção com a consolidação do cenário de aprovação da reforma da Previdência sofre algum abalo.
O movimento mais evidente do mercado foi no dólar, que subiu 1,34% ontem, a R$ 3,1378, na maior alta em duas semanas e para o maior patamar em sete pregões. O real teve o desempenho mais fraco entre 33 moedas nesta sessão.
O grau de incerteza com o câmbio, medido pela volatilidade implícita, experimentou a maior alta desde os dias seguintes à eleição americana, há quase cinco meses.
Também o custo do CDS de cinco anos ("credit default swap", seguro contra calote da dívida) do Brasil subiu 3 pontosbase, para 242 pontos, maior nível desde 3 de fevereiro. A alta ocorreu na contramão do movimento de outros emergentes: os prêmios de risco de México, Colômbia e África do Sul, por exemplo, terminaram a sessão em queda de
3 pontos.
No centro desse movimento está a ideia de que o governo corre o risco de precisar fazer mais
concessões para obter a aprovação de reformas, sobretudo a da Previdência. A exclusão de servidores municipais e estaduais da reforma da Previdência já
causou ruídos na quartafeira, e as incertezas ganharam força com a frustração pela não divulgação do contingenciamento do Orçamento. Completando o fluxo de notícias ruins, o placar da votação do projeto de lei que permite terceirização em empresas privadas e no serviço público foi considerado apertado, sugerindo alguma diluição da base aliada do governo no Congresso Nacional.
"Ainda não há mudança estrutural de expectativa, mas é natural que o mercado ajuste os preços para considerar mais riscos de algum revés no caminho da reforma da Previdência", diz o economista do Banco Pine Marco Caruso.
No mercado de ações, a bolsa de valores não chegou a fechar em baixa, mas
tampouco viu compras a despeito do tombo de quase 3% da terçafeira.
O Ibovespa terminou praticamente estável, com variação positiva de 0,01%, aos
63.531 pontos. Desde a máxima em seis anos alcançada em meados de fevereiro,
o principal índice do mercado acionário local acumula baixa de 8%. A percepção de risco maior é evidenciada também pelo aumento da volatilidade implícita. Um índice negociado nos
Estados Unidos e que mede a expectativa de variação dos preços das ações brasileiras bateu ontem uma máxima desde meados de dezembro.

O investidor estrangeiro já vem dando demonstrações de cautela com o desempenho da bolsa brasileira desde o início de março e retirou, até o dia 21, R$ 3,036 bilhões. Não há evidências de que esse dinheiro tenha deixado o país, dado o desempenho ainda considerado bem comprotado do câmbio, mas realocando para outros ativos, mais seguros, à espera do desenrolar da pesada agenda de eventos dos últimos dias.
O mercado começou o mês sob o risco de o Federal Reserve (Fed, BC americano) indicar aperto monetário mais intenso do que o previsto, o que não se confirmou. Agora, parece esperar a confirmação de que a reforma da Previdência será aprovada a contento para definir novas estratégias.
O operador de renda fixa da gestora Quantitas Matheus Gallina diz que, para o mercado, o resultado da votação do projeto de terceirização soou como um recado ao governo. "A sinalização faz com que o mercado tenha essa percepção de uma maior dificuldade de aprovação da reforma no Congresso."
No mercado de juros em que a expectativa de alívio monetário vem prevalecendo e justificou
redução importante das taxas nas últimas semanas também se observou nesta semana deterioração do apetite por risco. Uma boa medida dessa piora é a chamada inclinação entre os DIs com prazo em janeiro de 2021 e janeiro de 2019, que encerrou a sessão com 45 pontosbase, ainda próxima de máximas recentes.
Em outro sinal, as Letras do Tesouro Nacional (LTN) títulos prefixados de prazos mais curtos vendidas pelo Tesouro ontem saíram a taxas mais elevadas que o consenso de mercado, numa indicação de que investidores demandaram mais prêmio para financiar a dívida pública.
"O placar apertado do projeto de terceirização na Câmara com algumas dissidências da base aliada traz preocupação, porque pode prejudicar votações futuras", diz Thiago Castellan Castro, da Renascença.
Para a MCM, o governo "perdeu um argumento forte" a favor da reforma da Previdência: o de que projeto era geral e atingiria praticamente todos os trabalhadores, com exceção dos militares. A casa entende que o recuo do governo reforça o cenário de que a reforma será aprovada até agosto ou setembro, em versão "desidratada", mas com manutenção da idade mínima de 65 anos para aposentadoria "ao menos" para homens.
Para a consultoria, já está na hora de o governo construir a maioria de 308 votos para garantir a aprovação da proposta no plenário da Câmara dos Deputados, o que requer concessões, segundo a MCM. "O resultado final não será o ideal do ponto de vista fiscal e econômico. Será o possível, dadas as condicionalidades políticas", avalia a consultoria em relatório. (Colaborou
Lucinda Pinto)

 

FONTE: http://www.valor.com.br/financas/4912142/volatilidade-do-mercado-cresce-com-receio-fiscal