Seguro de vida complementa estratégia de investimento

Em qualquer estratégia de investimento bem elaborada, a dimensão risco deve ser integrada ao processo decisório. Adicionalmente, o risco deve estar consistente com os objetivos e com o propósito final do investimento. Neste contexto, o seguro de vida pode ser utilizado como um instrumento de proteção um hedge.
Quando consideramos não só o lado "ativo" da equação investimentos em fundos, ações etc, mas também o "passivo" gastos obrigatórios de uma família, o seguro de vida permite equilibrar necessidades de longo prazo com ocorrências de curto prazo. Na essência, é uma opção a ser exercida na ausência de renda (risco de vida) ou no atingimento de determinada idade/valor resgatável (acumulação). Em uma abordagem integrada, expandemse as possibilidades de planejamento financeiro.
Parte significativa dos investimentos realizados pelas famílias tem relação com a realização de
projetos futuros, ou seja, tem propósitos de médio e longo prazos. Alguns, como adquirir a casa própria ou custear a educação superior dos filhos, exigem
anos de aportes e disciplina de acumulação.
Apesar de grande parte dos investidores no Brasil preferirem investimentos mais conservadores renda fixa responde por 87% do total de ativos de fundos no varejo poucos
se preparam para a ausência do principal provedor ou mesmo para uma interrupção temporária de renda. Ainda pensamos mais no risco do investimento do que no risco do
investidor.
Atualmente, o seguro de vida no Brasil corresponde a cerca de 2% do PIB, à frente da maioria dos países latino americanos, como Colômbia (1,3%), México (1,0%), e Argentina (0,5%). Por outro lado, temos muitas oportunidades quando analisamos os números de países desenvolvidos, como Reino Unido (7,8%), França (6,2%) e EUA (4,6%).
O exemplo da penetração de seguro de vida nos EUA, por volta de 60% da população, versus de 10% a 15% no caso brasileiro, revela que ainda somos uma sociedade "subprotegida".
Adotando uma abordagem mais essencialista para os investimentos com propósito de longo prazo, precisamos lidar tanto com o risco de longevidade, geralmente coberto por soluções de previdência e/ou produtos de vida e acumulação, quanto com o risco da morte prematura ou interrupção de renda, cobertos por seguros de vida.
Assim, por exemplo, quando um jovem profissional recémcasado e com filhos pequenos inicia sua jornada de investimentos, suas reservas tendem a ser reduzidas e sua ausência precoce demanda um valor de cobertura de risco mais elevado. Já para profissionais maduros, as reservas acumuladas ao longo da vida devem cobrir parte relevante das necessidades, demandando relativamente menos da cobertura de risco.

Assim, uma estratégia de investimentos que considera de forma mais abrangente o risco pode ser implementada de duas formas. A primeira é pelo uso combinado de soluções clássicas de investimento (fundos, títulos de renda fixa, ações, etc), além de previdência, somados a um seguro de vida risco. Em linguagem financeira, este seguro de vida pode ser visto como uma
opção do tipo "put", para cobrir o evento da falta de fluxo de renda do principal mantenedor da família. Mesmo para interrupções temporárias de renda por acidente, por exemplo, o mercado já conta com seguros tecnicamente conhecidos como DIT (Diárias de Incapacidade Temporária).
Já para fazer frente a despesas com doenças graves, que podem desequilibrar o orçamento até mesmo de pessoas com reservas significativas, o mercado segurador também disponibiliza cobertura específica.
A segunda é pelo uso de produtos híbridos, que combinam em uma única contratação uma parcela destinada ao risco e outra associada a formação de reserva. Um exemplo comum em muitos países é o chamado "universal life", que permite inclusive o uso dos recursos acumulados para pagar o prêmio de risco mensalmente, mesmo quando o cliente não consegue manter as contribuições regularmente. Normalmente, este tipo de produto possui
flexibilidade para que a distribuição entre cobertura de risco e reserva de acumulação seja ajustada para os diferentes perfis de clientes e fases da vida.
O seguro de vida arrecadou R$ 34 bilhões em prêmios em 2016, com crescimento de 9,7% ao ano nos últimos cinco anos. Por sua vez, os ativos de previdência do tipo PGBL e VGBL atingiram R$ 659 bilhões, que já correspondem aproximadamente a 18% do patrimônio em ativos financeiros.
Mesmo que relevantes, este mercado possui forte potencial de crescimento nos próximos anos, especialmente considerando os desafios de longevidade e assistência social para a população brasileira. Pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) de 2014 revelou que dois terços dos brasileiros não possuem qualquer precaução financeira para
imprevistos.
A combinação inteligente de investimentos com seguros deve ajudar a mudar esta realidade, especialmente quando contratados de forma consciente e adequada. As instituições financeiras nestes mercados disponibilizam soluções complementares e convergentes, que são elementos importantes para o investidor dotado de visão estratégica e abrangente.
Marcelo Picanço é diretorgeral de negócios financeiros, investimentos, vida e previdência da Porto Seguro

Email:
marcelo.picanco@portoseguro.com.br
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de
qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

 

FONTE:http://www.valor.com.br/financas/4912134/seguro-de-vida-complementa-estrategia-de-investimento

Como deixar mãe idosa amparada em caso de morte?

Minha mãe está com 80 anos e, apesar de receber a pensão do meu pai, depende de mim para as suas despesas, como plano de saúde, medicamentos e despesas extras. No caso do meu falecimento, não gostaria de deixála dependente da minha esposa e meus filhos. Qual o melhor jeito de deixála amparada? Tenho como deixar um dinheiro separado para ela?
Ricardo Gomes da Silva,
CFP, responde:
Nobre preocupação, caro leitor.
Por você ter filhos, independente do regime de comunhão de bens de seu casamento, sua mãe deixa de ser sua herdeira. Entretanto, lhe é permitido dispor de parte de seus bens em testamento, para quem você quiser, obedecendo as regulamentações específicas para sucessão. Mas isto fará com que seu inventário seja obrigatoriamente judicial, o que o tornará
mais demorado e custoso.
As alternativas mais simples são os seguros de vida e/ou os fundos de previdência privada. Os recursos serão liberados rapidamente aos beneficiários e, conforme o Estado, isento de impostos. Em ambos você pode colocar sua mãe como um de seus beneficiários, tomando o cuidado apenas de, no caso do fundo de previdência, o montante dela não ser superior ao
permitido pela lei.
A estratégia a ser adotada dependerá de sua idade e de seu patrimônio financeiro atual. Se você não possui investimentos com liquidez, em valor superior às necessidades futuras de sua mãe, será necessário contratar um seguro de vida com esta cobertura enquanto forma o fundo de previdência.
Lembrando que o prêmio pago por este seguro tenderá a ser mais alto conforme sua idade. Se você já possui um seguro de vida ou um fundo de previdência, poderá alterar os beneficiários para incluir sua mãe.
Mas antes disto, é necessário que você estime qual é o valor deste montante.
Utilize os valores que contribui hoje mensalmente e multiplique pelos meses de expectativa de sobrevida de sua mãe.
Seja bastante conservador nesta estimativa. Lembrese de gastos que não ocorrem todos os meses e também de que ela poderá ultrapassar os 100 anos.
Um exemplo: suponha que sua ajuda mensal é da ordem de R$ 2.000 e, entre outros gastos não frequentes anuais, outros R$ 5.000. Logo, um total de R$ 29.000 anuais. Até os 100 anos, você dispenderá aproximadamente R$ 580.000. Este pode ser o montante do fundo ou da cobertura do seguro.
Esta estimativa precisará ser refeita anualmente pois estes valores mensais com certeza se alterarão, ou por mudança dos custos de cada item, ou por aumento ou diminuição das despesas necessárias.
Por outro lado, o multiplicador diminuirá. Por isso, no caso de não possuir todo o montante para a formação deste fundo, o mais adequado é contratar um seguro de vida na modalidade temporária decrescente, que será mais barato que um seguro normal e, com a diferença, você fará os aportes mensais para a formação do fundo, de forma que, quando o seguro findar, você já terá no fundo o suficiente para as necessidades futuras.
Esta mesma preocupação deve ser estendida a seus filhos, se ainda estiverem em idade escolar, e a sua família como um todo para que tenham recursos para fazerem frente ao seu inventário e à falta de sua renda ao menos por um ano após seu falecimento.
Importante pesquisar, entre os seguros e fundos de previdência, aqueles mais adequados as suas necessidades e possibilidades.
Um planejador financeiro pessoal poderá lhe ajudar no cálculo deste montante e na formatação da estratégia.
Ricardo Gomes da Silva é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros


Email:
ricardo.gomes@lifefp.com.br
As respostas refletem as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico ou da Planejar. O jornal e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para:
consultoriofinanceiro@planejar.org.br

 

FONTE: http://www.valor.com.br/financas/consultorio-financeiro/4913114/como-deixar-mae-idosa-amparada-em-caso-de-morte

LavaJato provoca mudanças no D&O

Alívio. Esse é o sentimento dos principais executivos que atuam com o seguro de responsabilidade civil de executivos, conhecido como Directors & Officers (D&O).
Com a LavaJato, o seguro foi redesenhado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), mas a circular 541, de outubro do ano passado, impôs modificações que tornaram o produto desinteressante para clientes e seguradoras, além de deixarem muitas dúvidas nas entrelinhas.
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Depois de muitas reuniões, das quais participaram, além dos players do mercado, instituições como Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e Ordem dos Advogados (OAB), a Susep entendeu que seria necessário discutir melhor as mudanças. No dia 24 de fevereiro publicou a circular 546/17, que suspendeu por 90 dias, prorrogáveis por mais 90, as mudanças anteriormente exigidas. "Entendemos que era necessário
rediscutir alguns tópicos", comentou o xerife do mercado, Joaquim Mendanha, titular da Susep.
"Foi um grande alívio para todos. Tínhamos muitas dúvidas e em razão disso várias companhias ainda não estavam preparadas para atuar com as novas determinações que passariam a valer em março", disse Gustavo Galrão, diretor da Argo Seguros e coordenador da Comissão de Linhas Financeiras da Federação Nacional de Seguros Privados (FenSeg).
Até então, o que prevalecia no mercado era uma apólice na base "allrisks".
Isso significa que tudo aquilo que não está descrito explicitamente no contrato como coberturas excluídas ou ações excluídas é passível de cobertura. Só que com a explosão das denúncias da LavaJato e a recessão da economia, tudo começou a ser questionado, e a Susep passou a apólice de "all risks" para "riscos nomeados", determinando as coberturas.
"As mudanças eram necessárias por conta do crescimento do mercado, das novas leis de penalização dos administradores e a amplitude das empresas seguradas. A LavaJato só agilizou os ajustes das regras, aumentou a demanda pelo produto ao trazer mais consciência da exposição dos administradores aos riscos de uma economia em baixa e elevou os investimentos das empresas em compliance", comenta Henrique Beloch sócio da área societária do BMA Barbosa, Müssnich, Aragão.
As seguradoras passaram a exigir um cuidado maior na avaliação de riscos relacionados com corrupção e riscos ligados a essa tema, como lavagem de dinheiro, crime contra a administração pública, entre outros, explica Fernando Saccon, líder de linhas financeiras da Zurich. "As companhias de seguros e de resseguros passaram a exigir uma maior clareza no que se refere às suas políticas de transparência, controles internos e compliance, que inclui a forma de relacionamento com empresas, fornecedores, especialmente com o governo", afirma.
Entre os pontos positivos das mudanças da Susep, que tem a função de proteger o consumidor, Galrão cita o fato de a autarquia deixar claro que o produto cobre multas expedidas por órgãos reguladores, desde que não seja comprovado ato doloso no processo. "Essa era uma demanda dos clientes e agora ficou permitida a cobertura", informa.
Demanda aumentou com despertar de consciência da exposição dos gestores aos riscos envolvidos
Um dos pontos mais polêmicos foi tirar a cobertura de custas judiciais do produto principal, que visa proteger o patrimônio do executivo acionado por causar prejuízos involuntários à própria empresa, a acionistas e a terceiros em geral. Isso esvaziou o produto, uma vez que praticamente 90% do uso deste tipo de seguro é o pagamento de honorários para a defesa do executivo. Se absolvido, além das custas, a seguradora paga o valor da sentença aplicada. Se condenado, tem de devolver o valor adiantado pela seguradora. Vale lembrar que o seguro não cobre atos dolosos e quem fez delação premiada perde o direito à cobertura.

Se a separação entre cobertura de proteção do patrimônio e custas de defesa prevalecer, terá de ser desenvolvido um novo modelo de precificação, dizem as fontes. Além disso, prejudicará os fundos de pensão, que têm uma norma, a Resolução CGPC 13/2004, que diz que as instituições só podem comprar esse seguro para cobrir as despesas de custeio de defesa na esfera administrativa, caso de uma autuação da Previc, em processos iniciados por CVM, Ministério Público ou por participantes, na esfera judicial, que venham a se sentir prejudicados pela gestão do fundo. Caso a patrocinadora do fundo pague o seguro, a cobertura pode ser mais abrangente.
Uma dúvida levantada pelo grupo da FenSeg é se na nova norma a cobertura do D&O abrange operações fora do Brasil, indenizando cobertura de custas e decisões judiciais por ações movidas no exterior. Afinal, empresas com ações na bolsa dos Estados Unidos e as globalizadas são as principais clientes deste produto. "A circular fez restrição à menção a leis estrangeiras, o que possivelmente pode afetar a cobertura mundial para empresas com operações fora do Brasil", observa Flávio Sá, gerente de linhas financeiras da AIG Brasil.
Mauricio Bandeira, gerente de produtos financeiros da Aon Brasil, cita o fato de outras mudanças, como a cobertura para dano ambiental e para erros e omissões estarem proibidas. "Ainda deverá ser esclarecido pela Susep a questão da cobertura secundária praticada nas apólices em vigor", cita o corretor, acrescentando que a nova circular não menciona cobertura para valores mobiliários, cobertura C, condição relevante para empresas de capital aberto e expostas ao mercado de valores mobiliários local e internacional.
Ainda não se sabe o que será acatado pela Susep, mas a percepção dos executivos com o resultado da primeira reunião é que 90% dos questionamentos serão resolvidos para que esse promissor segmento possa crescer de forma mais sólida. Em 2016 a carteira manteve um crescimento baixo, em torno de 1,5%, com prêmio direto de R$ 373 milhões.
Rafael Domingues, diretor de linhas financeiras da Chubb, conta que os sinistros mais comuns são demandas administrativas de órgãos reguladores como, por exemplo, CVM, PREVIC e Banco Central. Outros sinistros comuns que recaem contra os executivos referemse a questões tributárias, ambientais e trabalhistas. Segundo os entrevistados, há muitas oportunidades em empresa de capital fechado, onde a penetração do produto é baixa. "A recuperação do mercado de capitais também pode influenciar positivamente o mercado de D&O", aponta Bandeira. O mercado de pequenas e médias empresas também está no alvo das seguradoras. "Conseguir atender de maneira consultiva cada cliente mantendo o mesmo nível de excelência é o principal desafio neste mercado", diz o corretor da Aon.

FONTE: http://www.valor.com.br/financas/4906652/lava-jato-provoca-mudancas-no-do#

 

Seguro de vida complementa estatégia de investimento.

Em qualquer estratégia de investimento bem elaborada, a dimensão risco deve ser integrada ao processo decisório.
Adicionalmente, o risco deve estar consistente com os objetivos e com o propósito final do investimento. Neste contexto, o seguro de vida pode ser utilizado como um instrumento de proteção um hedge.
Quando consideramos não só o lado "ativo" da equação investimentos em fundos, ações etc ,mas também o "passivo" gastos obrigatórios de uma família ,o seguro de vida permite equilibrar necessidades de longo prazo com ocorrências de curto prazo. Na essência, é uma opção a ser exercida na ausência de renda (risco de vida) ou no atingimento de determinada idade/valor resgatável (acumulação). Em uma abordagem integrada, expandemse
as possibilidades de planejamento financeiro.

Parte significativa dos investimentos realizados pelas famílias tem relação com a realização de projetos futuros, ou seja, tem propósitos de médio e longo prazos. Alguns, como adquirir a casa própria ou custear a educação superior dos filhos, exigem anos de aportes e disciplina de acumulação.
Apesar de grande parte dos investidores no Brasil preferirem investimentos mais conservadores renda fixa responde por 87% do total de ativos de fundos no varejo poucos
se preparam para a ausência do principal provedor ou mesmo para uma interrupção temporária de renda. Ainda pensamos mais no risco do investimento do que no risco do investidor.
Atualmente, o seguro de vida no Brasil corresponde a cerca de 2% do PIB, à frente da maioria dos países latino americanos, como Colômbia (1,3%), México (1,0%), e Argentina (0,5%). Por outro lado, temos muitas oportunidades quando analisamos os números de países desenvolvidos, como Reino Unido (7,8%), França (6,2%) e EUA (4,6%).
O exemplo da penetração de seguro de vida nos EUA, por volta de 60% da população, versus de 10% a 15% no caso brasileiro, revela que ainda somos uma sociedade "subprotegida".
Adotando uma abordagem mais essencialista para os investimentos com propósito de longo prazo, precisamos lidar tanto com o risco de longevidade, geralmente coberto por soluções de previdência e/ou produtos de vida e acumulação, quanto com o risco da morte prematura ou interrupção de renda, cobertos por seguros de vida.
Assim, por exemplo, quando um jovem profissional recémcasado e com filhos pequenos inicia sua jornada de investimentos, suas reservas tendem a ser reduzidas e sua ausência precoce demanda um valor de cobertura de risco mais elevado. Já para profissionais maduros, as reservas acumuladas ao longo da vida devem cobrir parte relevante das necessidades, demandando relativamente menos da cobertura de risco.
Assim, uma estratégia de investimentos que considera de forma mais abrangente o risco pode ser implementada de duas formas. A primeira é pelo uso combinado de soluções clássicas de investimento (fundos, títulos de renda fixa, ações, etc), além de previdência, somados a um seguro de vida risco. Em linguagem financeira, este seguro de vida pode ser visto
como uma opção do tipo "put", para cobrir o evento da falta de fluxo de renda do principal mantenedor da família. Mesmo para interrupções temporárias de renda por acidente, por exemplo, o mercado já conta com seguros tecnicamente conhecidos como DIT (Diárias de Incapacidade Temporária). Já para fazer frente a despesas com doenças graves, que
podem desequilibrar o orçamento até mesmo de pessoas com reservas significativas, o mercado segurador também disponibiliza cobertura específica.
A segunda é pelo uso de produtos híbridos, que combinam em uma única contratação uma parcela destinada ao risco e outra associada a formação de reserva. Um exemplo comum em muitos países é o chamado "universal life", que permite inclusive o uso dos recursos acumulados para pagar o prêmio de risco mensalmente, mesmo quando o cliente não
consegue manter as contribuições regularmente. Normalmente, este tipo de produto possui flexibilidade para que a distribuição entre cobertura de risco e reserva de acumulação seja ajustada para os diferentes perfis de clientes e fases da vida.
O seguro de vida arrecadou R$ 34 bilhões em prêmios em 2016, com crescimento de 9,7% ao ano nos últimos cinco anos.
Por sua vez, os ativos de previdência do tipo PGBL e VGBL atingiram R$ 659 bilhões, que já correspondem aproximadamente a 18% do patrimônio em ativos financeiros. Mesmo que relevantes, este mercado possui forte potencial de crescimento nos próximos anos, especialmente considerando os desafios de longevidade e assistência social para a população brasileira. Pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) de 2014 revelou que dois terços dos brasileiros não possuem qualquer precaução financeira para imprevistos.
A combinação inteligente de investimentos com seguros deve ajudar a mudar esta realidade, especialmente quando contratados de forma consciente e adequada. As instituições financeiras nestes mercados disponibilizam soluções complementares e convergentes, que são elementos importantes para o investidor dotado de visão estratégica e abrangente.
Marcelo Picanço é diretorgeral de negócios financeiros, investimentos, vida e previdência da Porto Seguro
Email:
marcelo.picanco@portoseguro.com.br
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

FONTE: http://www.valor.com.br/financas/4912134/seguro-de-vida-complementa-estrategia-de-investimento#

Ford vê queda em lucro por ação no 1º tri com despesas e investimentos maiores.

DETROIT (Reuters) - A Ford Motor informou nesta quinta-feira que prevê lucro por
ação menor no primeiro trimestre devido ao gasto mais alto com commodities,
garantias e investimentos, assim como à queda nos volumes de venda,
especialmente de frotas.
As ações da montadora reagiram negativamente ao anúncio, que precedeu uma
apresentação a investidores do vice-presidente financeiro, Bob Shanks. Por volta
das 15h, os papéis recuavam 0,8 por cento.
A indústria automotiva norte-americana continua vendo carros perderam
participação de mercado para caminhonetes e utilitários (SUVs), à medida que os
preços mais baixos dos combustíveis encorajaram os consumidores a optar por
modelos maiores, que se tornaram mais eficientes nos últimos anos.
"Achamos que podemos fazer mais com caminhonetes, achamos que podemos
fazer mais com veículos utilitários, podemos fazer mais com performance e temos
planos em andamento para isso", disse Shanks. "Achamos que isso pode resultar
em uma posição ainda mais forte para nós nos próximos anos."
A Ford informou que as vendas de automóveis nos EUA em 2017 devem cair
ligeiramente para 17,7 milhões de unidades, ante recorde de 17,9 milhões em 2016.
Para 2018, a montadora projeta 17,5 milhões de unidades.
Mas analistas monitoram as condições para ver se o boom de vendas está
perdendo força. A Ford projeta as vendas de automóveis na China, principal
mercado automotivo do mundo, devem recuar para 27,2 milhões neste ano, ante
27,5 milhões em 2016.
"Acreditamos que o anúncio da Ford hoje é a confirmação inicial de nossa tese de
investimento de que o preço está se deteriorando na América do Norte e em
mercados internacionais selecionados, particularmente na China", disse o analista
Joseph Amaturo, do Buckingham Research Group, em nota a clientes.

FONTE:https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2017/03/23/ford-ve-queda-em-lucro-por-acao-no-1-tri-com-despesas-e-investimentos-maiores.htm

Marcada pela poluição, Baía de Guanabara corre risco de sofrer nova derrota

Situação de penúria do estado põe em risco a continuidade do Programa de Saneamento Ambiental, o Psam. O prazo pra renovar o financiamento termina na próxima segunda-feira, mas o órgão do Ministério do Planejamento que deveria dar aval à operação até hoje não se manifestou. A Procuradoria do Estado apelou ao STF.

  • DURAÇÃO: 2:58

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Funcionário recolhe lixo na Baía de Guanabara, no Rio

Crédito: Márcia Foletto / Ag O Globo

Por Lucas Soares

A Baía de Guanabara corre o risco de sofrer mais uma derrota em sua história. A crise financeira que assola o estado do Rio de Janeiro ameaça a continuidade do Programa de Saneamento Ambiental, o Psam. O governo estadual corre contra o tempo para renovar o contrato firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, que desde 2012 vem financiando as obras.

O prazo termina daqui a uma semana, mas até o momento o órgão do Ministério do Planejamento que permitiria a extensão do financiamento não deu o aval. A perda do título de bom pagador do Rio tem atravancado a negociação.

A situação é tão delicada que a Procuradoria-Geral do Estado fez um aditivo à petição encaminhada ao STF para tentar antecipar o acordo de socorro fiscal firmado com a União. O objetivo é priorizar um dos efeitos do trato, que é o cumprimento do Programa de Saneamento da Baía.

O deputado e secretário licenciado de Ambiente, André Correa, critica a falta de resposta do Ministério do Planejamento e alega que isso poderá causar transtornos irreversíveis.

'O BID está de acordo com a continuidade. O contrato já estava todos acertado, do ponto de vista da burocracia, com o BID para ser renovado por mais dois anos e concluir essas obras. O órgão federal que faz essa avaliação não colocou em pauta. Pelo contrário, tirou duas vezes de pauta essa questão', afirma.

Foram gastos em obras US$ 77 milhões do financiamento do BID e US$ 13 milhões da parte do estado - somados, os dois valores representam apenas 15% do total estimado para o programa, que é de US$ 639 milhões. A Secretaria de Estado de Ambiente defende que o aditivo proposto diz respeito apenas à extensão de prazos, e que não envolve mais recursos. Segundo a pasta, a burocracia teria atrasado o andamento das obras.

O prolongamento do prazo seria para atender a construção de uma estação de tratamento de esgoto no bairro de Alcântara, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e a instalação de um tronco coletor na Cidade Nova, região central da capital. Segundo Correa, quase 30% da estação já estão construídos.

Já outras três intervenções previstas, duas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e uma em Irajá, na Zona Norte da capital, ainda aguardam licitação. O ambientalista Mario Moscatelli lembra que o possível fracasso no programa não representa uma novidade para a baía.

'A História da Baía de Guanabara tem sido isso: grandes projetos, com grandes financiamentos, que não alcançam seus objetivos reais. Foi assim o PDBG [Programa de Despoluição da Baía de Guanabara]. Existem as mais diversas explicações técnicas, burocráticas para o assunto. E agora, nós temos a repetição do mesmo problema, sendo que agora, a culpada é a crise econômica', se queixa.

O PDBG, ou Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, vigorou entre 1995 e 2006. O próprio BID e o banco japonês JICA chegaram a investir nesse projeto, que se traduziu em fracasso. Desde então, mais de R$ 2,5 bilhões foram gastos na recuperação da baía, sem sucesso.

Procurado, o Ministério do Planejamento não respondeu se vai ou não dar aval para operação entre o governo do Rio e o BID. A CBNquestionou também a Secretaria de Fazenda quanto ao status de quitação do financiamento. A pasta disse que ainda está em período de carência e que o pagamento da amortização e dos juros começará a ser efetuado apenas em junho.

 

FONTE:http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/meio-ambiente/2017/03/13/MARCADA-PELA-POLUICAO-BAIA-DE-GUANABARA-CORRE-RISCO-DE-SOFRER-NOVA-DERROTA.htm

Seguro Educacional: A Escola Do Seu Filho Oferece?

Com o objetivo de garantir a vida escolar de crianças e jovens, produto ainda é pouco conhecido pelos pais

No momento de pensar em um colégio para os filhos, os pais analisam a distância, a qualidade de ensino e a infraestrutura do ambiente. O desafio é escolher um colégio que ofereça todas as condições para uma parceria de longo prazo. Mas durante a avaliação, será que os responsáveis estão atentos à oferta de um outro item importante na longevidade dessa relação?

Estamos falando do seguro educacional. Esse é um produto ainda pouco conhecido no Brasil e que foi desenvolvido para garantir o sossego dos pais. Em geral, ele é um percentual do valor da mensalidade e sua cobertura garante o pagamento da mensalidade escolar em caso de morte, invalidez ou perda de emprego do responsável financeiro do aluno. Há ainda a possibilidade de contratações extras como aulas de reforço, por exemplo. Na outra ponta, o seguro atende as instituições de ensino que, em caso de sinistro, garantem seu fluxo de caixa e diminuem a evasão de alunos.

O custo médio de investimento é relativamente baixo: um percentual sobre a mensalidade, que costuma variar entre 0,5% a 2%, no caso da contratação compulsória.

O valor final depende das coberturas e serviços contratados.

Estatística da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) mostra que, em 2016, o número de contratos de seguro educacional cresceu 71,6%, com prêmios da ordem de R$ 12,3 milhões. “Este seguro é contratado pelas instituições de ensino e oferecido aos alunos como benefício no ato da matrícula. Como estamos passando por cenário econômico difícil, garantir o estudo dos filhos é crucial para pais e, por isso, a preocupação por parte dos colégios e das famílias aumentou”, comenta Paulo Davidoff, superintendente de Seguros Massificados da TRR Securitas.

Sobre a TRR Securitas

A TTR Securitas é uma das corretoras de seguros líder do mercado brasileiros que, desde 2009, faz parte da Estáter Gestão e Ativos. Com escritórios em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Campinas, se diferencia no mercado por uma proposta de consultoria especializada e soluções inovadoras. Com atuação focada no segmento corporate, tem hoje cerca de 300 clientes entre grandes e médias empresas.

FONTE:http://www.segs.com.br/seguros/53989-seguro-educacional-a-escola-do-seu-filho-oferece.html

Smartphones são culpados por seguros de carro custarem mais caro

Existe uma relação direta entre o aumento de uso de smartphones ao volante, o aumento de incidentes fatais de trânsito e o aumento dos seguros nos EUA. Isso é o que concluiu uma pesquisa conduzida pela State Farm Mutual Automobile Insurance Co. em 2015.

Dentre as pessoas entrevistadas, 36% admitiram usar os smartphones enquanto dirigem e 29% disseram que acessam a internet atrás do volante. Isso é ainda mais grave no caso das pessoas entre 18 e 29 anos. 64% dos jovens dessa faixa etária responderam que mandam mensagens enquanto dirigem e 54% disseram usar a internet na direção.

O que é e os principais recursos do Apple CarPlay

Como aponta o The Wall Street Journal, o número de incidentes de trânsito fatais cresceu 7,2% em 2015, de acordo com a entidade National Highway Traffic Safety Administration. Já a organização sem fins lucrativos National Safety Council sugeriu que essa estatística aumentou em mais 6% em 2016.

O que é Android Auto

 

 

Outro detalhe importante é que as estatísticas dos incidentes causados por motoristas que dirigiam usando smartphones muito provavelmente são menores do que a realidade. Afinal, geralmente os acidentados não admitem terem utilizado o dispositivo ao volante ou simplesmente não há como provar isso.

Seguros seguem aumentando como resultado
Informações do Insurance Information Institute indicam que os custos de seguros de automóveis cresceram em todos os anos desde 2009. A reportagem do The Wall Street Journal ainda conclui que essa tendência deve continuar, mesmo com os carros dos EUA ganhando mais e mais tecnologias de segurança.

O resultado dessa bagunça toda? Tanto a quantidade de usuários ativos de smartphones ao volante, de acidentes de trânsito fatais e os preços dos seguros estão subindo juntos.

Situação não é diferente no Brasil
No Brasil, o panorama não é nem um pouco diferente. Em 2014, um terço de todos os acidentes de trânsito do país foram causados por pessoas que estavam usando o celular. Vale lembrar que, assim como nos EUA, essa estimativa é bastante conservadora.

Segundo informações do seguro Dpvat, acontecem 1,3 milhões de acidentes ao ano relacionados ao uso de celulares em automóveis. 80% dos motoristas do país admitiram usar o smartphone ou alguma tecnologia que gere distração enquanto dirige.

FONTE:http://adrenaline.uol.com.br/2017/02/21/48420/smartphones-sao-culpados-por-seguros-de-carro-custarem-mais-caro/