Empreendedor, não deixe uma boa crise ser desperdiçada
Quando algo vai mal na sua empresa, para muitos o instinto inicial é manter as coisas sob os panos, o máximo possível, para evitar desesperos dentro do time. Eu diria que é melhor reconhecer a crise e usá-la em sua vantagem.
É difícil trazer mudanças para uma organização, e um momento de crise é o momento perfeito para fazer aqueles ajustes que você já estava querendo há um tempo. Ela cria o cenário e o contexto ideais para fazer isso.
Talvez você esteja no meio de uma crise financeira, provocada por um ambiente hostil para investimento. Talvez você esteja vivendo um tumulto na sua gestão. Talvez você tenha perdido seu maior cliente. Talvez você esteja sendo massacrado por uma notícia falsa na imprensa. Não importa muito a causa da sua crise, mas todas são possíveis de resolver com alguma mudança.
Já vi uma empresa do meu portfolio reagir a uma crise financeira fazendo mudanças importantes consideráveis e já atrasadas em seu modelo de negócios e organização. A crise acabou e a empresa emergiu com bem mais força que antes.
Já vi um empreendedor reagir à perda de vários membros importantes da sua equipe com uma grande virada na empresa, pivotando o roadmap do produto e operando com um time bem mais enxuto. A companhia se recuperou da perda de seus colaboradores-chave, lançou um novo produto muito bem sucedido e entrou num caminho de lucros extraorinários.
Tenho muito dessas histórias para contar, porque é a crise que nos traz clareza e foco.
VOCÊ LEVA UM SOCO NO ESTÔMAGO, VOCÊ SE LEVANTA E VOCÊ CUIDA DO SEU NEGÓCIO.
Por isso, se você está no meio de uma crise com sua empresa nesse momento, pense em usá-la como oportunidade para fazer algumas mudanças. Nunca houve um momento tão propício.
Estudo traz as 53 melhores empresas de Saúde para trabalhar
Pela segunda vez, a revista Saúde Business traz o ranking das Melhores Empresas de Saúde para Trabalhar 2014 (Great Place to Work). Desta vez, segmentado em seis categorias :Hospitais; Planos de Saúde; Farmacêuticas; Medicina Diagnóstica; Farmácias e Distribuidoras; e Indústria e Serviços.
A voz dos colaboradores é o que garante o reconhecimento das 53 empresas ranqueadas e avaliadas sob aspectos como: Variedade, Originalidade, Abrangência, Calor Humano e Integração.
Apesar da Saúde ser o propósito comum entre as organizações, é interessante notar a discrepância de maturidade entre elas quando o assunto é gestão de pessoas. Você poderá compreender melhor este universo na 1° edição da Saúde Business deste ano, em breve disponível também no portal Saúde Business.
Na noite desta terça-feira (07) foram anunciadas as melhores avaliadas durante coquetel na sede da Live Healthcare Media.
Veja mais:
Momentos do prêmio Melhores Empresas para Trabalhar
AS MELHORES:
FARMACÊUTICAS
1º Astellas
2º Genzyme
3º AstraZeneca do Brasil Ltda
4º Novartis Biociências S.A
5º Acripel Farma
6º Zambon
7º Novo Nordisk
8º Roche
9º Kley Hertz S/A industria e Comercio
10º Takeda
11º Lundbeck Brasil Ltda
12º Bristol-Myers Squibb
13º Grupo Natulab
14º Daiichi Sankyo
15º Theraskin Farmacêutica Ltda
FARMÁCIAS E DISTRIBUIDORAS
1º Byofórmula
2º 4Bio Medicamentos Ltda
3º Farmácia de Manipulação Officilab Ltda
4º Farmácias Pague Menos
HOSPITAIS
1º Hospital de Olhos Francisco Vilar
2º Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde – UPA Palmeira dos Índios
3º Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
4º Hiperbárica Hospitalar
5º UPA Imbiribeira
6º Hospital Moinhos de vento
7º SuperClínica
8º Hospital Mãe de Deus
9º Hospital São Carlos
INDÚSTRIA E SERVIÇOS
1º Roche Diagnóstica
2º H. Strattner
3º Global Gestão em Saúde
4º Stryker do Brasil Ltda
5º Sysmex
6º Safemed Medicina e segurança do Trabalho
7º Scitech Produtos Médicos Ltda
MEDICINA DIAGNÓSTICA
1º Laboratório Sabin de Análises Clínicas
2º Laboratório Leme
3º Clínica São Marcelo
4º Laboratório São Marcos
PLANOS DE SAÚDE
1º Unimed Ceará
2º Unimed Federação Minas
3º Unimed Missões/RS
4º Unimed-Rio
5º Free Life Saúde
6º Unimed de Cascavel
7º Unimed Sobral
8º São Francisco Sistema de Saúde
9º Clinipam
10º Unimed Federação Rio
11º Odontoprev
12ºUnimed Litoral Sul
13ºUnimed Campinas
14º Viva Saúde
Custos das operadoras sobem 17,7%, diz IESS
Os custos das operadoras de planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações, apurado pelo Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), cresceram 17,7% nos 12 meses encerrados em junho de 2014. Esse é o segundo maior índice da série histórica do VCMH/IESS, menor apenas do que os 18,24% do período encerrado em março de 2014. O resultado de 17,7% é 11,2 pontos porcentuais superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 6,5% no mesmo período.
O VCMH/IESS é o principal indicador utilizado pelo mercado de saúde suplementar como referência sobre o comportamento dos custos. O cálculo utiliza os dados de um conjunto de planos individuais de operadoras, e considera a frequência de utilização pelos beneficiários e o preço dos procedimentos.
Dessa forma, se em um determinado período o beneficiário usou mais os serviços e os preços médios aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que isoladamente com cada um desses fatores. A metodologia aplicada ao VCMH/IESS é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo em saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index.
Na última divulgação do VCMH/IESS, em agosto do ano passado, o indicador acumulava alta de 16% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2013. Agora, a alta foi intensificada para 17,7% e, na projeção do IESS, o VCMH deve ter encerrado 2014 com uma variação entre 17% e 18%.
Para o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, a permanência do VCMH/IESS em um patamar de dois dígitos deve ser fator de preocupação para a sustentabilidade da saúde suplementar brasileira. “Sabemos que as variações de custos da saúde acima da inflação é um fenômeno mundial. Entretanto, o caso brasileiro é muito preocupante, porque o aumento dos custos tem se mantido em patamar muito alto”, argumentou em comunicado. “A diferença de 11,2 pontos porcentuais entre VCMH/IESS e o IPCA é muito relevante.”
Os gastos com Internações registraram alta de 17,3% nos 12 meses encerrados em junho. As despesas com Terapias subiram ainda mais, 21%, no mesmo período. Contudo, entre os grupos de procedimentos analisados, Internações é o responsável pela maior parte dos gastos das operadoras, respondendo por 61% do total. No período, os gastos com Exames subiram 14,1% e, com Consultas, 10,8%.
Start-ups de R$ 100 mi são investimento do presente
De 2009 para cá, a empresa VivaReal, que possui site de anúncio de imóveis, foi de uma sala de 4 metros quadrados para um prédio de 11 andares que abriga a maior parte de seus 380 funcionários.
Nesse período foram quatro injeções de dinheiro vindas de fundos de capital de risco, totalizando cerca de US$ 60 milhões (R$ 190 milhões) de investidores apostando na empresa criada pelo americano Brian Requarth.
E, mesmo com a freada da economia brasileira, ela não é um caso único de empresa que começou com poucos recursos e obteve cifras de nove dígitos como essas.
Há ao menos seis casos de companhias que, até pouco tempo, podiam ser chamadas de start-ups e que alcançaram esse patamar desde 2014 (veja quadro nesta página).
Para que ele seja atingido, é preciso que a empresa tenha um modelo de negócios que combine inovação e mercado disposto a pagar pelos serviços com potencial de crescimento, diz Clovis Benoni, vice-presidente da Abvcap (associação de gestores de fundos de investimento).
Mas estar com o caixa cheio de dinheiro para investir não é sinônimo de lucro.
Paulo Veras, fundador e presidente da 99táxis (aplicativo para chamada de táxis), conta que uma das discussões recorrentes na companhia é se chegou a hora de deixar as contas no azul ou se deve investir mais para ter uma fatia maior do mercado.
"Tínhamos planos de parar de crescer e chegar ao ponto de equilíbrio [despesas e receitas iguais] neste ano, mas mudamos. Já conseguiríamos hoje, mas decidimos adiar e crescer mais rápido."
Os R$ 130 milhões que a empresa recebeu do fundo americano Tiger Global serão usados para campanhas de marketing e ampliação da equipe de desenvolvedores.
Ter dinheiro novo na empresa também pode ser uma forma de espantar novatos na disputa, diz Requarth.
"Antes éramos a empresa da qual não se esperava que um dia seria uma potência. Agora, decidimos comunicar ao mercado que estamos capitalizados para que empresas de fora do Brasil não venham aqui concorrer, pois terão de gastar muito."
SELEÇÃO APERTADA
A corrida para ter uma start-up de R$ 100 milhões é das mais competitivas. De acordo com Andre Diamand, presidente da Associação Brasileira de Startups, há hoje ao menos 3.500 empresas iniciantes no país.
Ele diz que há investidores dispostos a fazer mais injeções de valores altos, porém ainda são poucos os projetos que atingem maturidade suficiente para interessá-los.
Mesmo assim, Diamand diz ver o cenário com otimismo. Segundo ele, o ambiente para empreendedorismo tecnológico começou a tomar corpo há cinco anos e ter história de empresas em crescimento é um bom resultado.